Fevereiro é um mês importante para história de Brasília. Há 50 anos, no dia dois, quando faltavam cerca de 90 dias para a inauguração da nova capital do Brasil, brasileiros dos quatro cantos do País saíram em direção a Brasília, formando a Caravana da Integração Nacional. A intenção era mostrar a interligação do País por rodovias e a convergência para o Planalto Central desde o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste.
Os empresários do setor automobilístico juntaram colunas com cerca de 50 veículos cada — Romisetas, Rural Willys, DKW, jipes, caminhonetes, caminhões e ônibus. A primeira coluna partiu do Sul em 22 de janeiro. Saiu de Porto Alegre e percorreu 2,3 mil quilômetros, dos quais 1,4 mil asfaltados.
No dia seguinte, movimentou-se a coluna Norte, para percorrer 2,2 quilômetros de chão bruto, de Belém a Brasília, passando por Guamá, Açailândia, Estreito, Gurupi, Porangatu, Ceres e Anápolis. Neste trecho apenas os percursos de Belém a Guamá e de Anápolis a Brasília estavam asfaltados. O carro líder, uma Rural Willys, comandava o comboio de jipes que levava 35 jornalistas.
A coluna Oeste iniciou a jornada em 25 de janeiro, partindo de Cuiabá e passando por Rondonópolis, Alto Araguaia, Mineiros, Jataí, Rio Verde, Goiânia e Anápolis. Foram 1,3 mil quilômetros até a nova capital. Em 28 do mesmo mês seguiu a coluna Leste, saindo do Rio de Janeiro e viajando por Juiz de Fora, Belo Horizonte, Três Marias e Cristalina.
Da sacada do Palácio do Catete, na Guanabara, então sede do governo federal, o presidente Juscelino Kubitschek classificou a movimentação como as “novas bandeiras para a conquista e posse do território nacional, esperadas há 150 anos”. Ressaltou que a “bandeira saía do Rio de Janeiro em automóveis brasileiros, com pneumáticos brasileiros, petróleo brasileiro para trafegar por estradas asfaltadas com asfalto brasileiro”.
Conforme programado, juntaram-se no dia 1° de fevereiro em Goiânia e, no dia seguinte, rumaram até a Praça dos Três Poderes, onde a carreata se transformou na Caravana de Integração Nacional. A chuva de papel picado lançada pelos aviões da FAB em vôos rasantes coroou a iniciativa e marcou a consolidação da nova capital do Brasil.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
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