“Cheguei recém-casado com Lina e fomos morar nas primeiras quadras da Asa Norte. A solidariedade entre todos era muito grande”, relembra. Filhos de militares, o casal começou a namorar quando ele tinha 15 anos e ela 12. Foram inúmeras as cartas e bilhetes trocados ao longo de muitos anos até casarem.
Como todo o militar, o General Cardoso assumiu vários postos fora de Brasília e um no exterior, na China, em 1988, mas sempre retornava à Brasília, cidade que se tornou uma referência para o casal. O General esteve em Pequim para organizar o escritório das Forças Armadas do Brasil. Naquele ano viviam apenas 27 brasileiros na China. Em 2005, 1.522 estavam registrados no país asiático.
O General e a esposa Lina lembram que no início de Brasília havia dois segmentos sociais importantes na cidade: os funcionários do Banco do Brasil e as Forças Armadas.
Em 1964, ano de turbulências, o General Cardoso conta que houve o “levante de Brasília”, precedido da “revolução dos sargentos” e várias outras manifestações. Também recorda que a GEB- Guarda Especial de Brasília, entrou em greve e quem garantiu a segurança da cidade foi o Exército.
Lina conta que viajou de avião com o marido para Brasília para dar início a vida de casada: “estávamos casados há 20 dias e lembro que desembarquei com um vestido claro e sapatos brancos, cabelo com penteado da época- eu parecia a Dóris Day”.
Rapidamente a roupa ficou coberta de poeira e Lina aprendeu a usar peças mais adequadas aos desafios da nova capital. Loira e de olhos claros, realmente Lina lembra muito a atriz norte-americana Dois Day.
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