Nascida em Prata, interior de Minas Gerais, mudou para Uberlândia, onde cursou o ensino médio em escola particular com bolsa paga pela Maçonaria. Boa aluna, também conseguiu ajuda para ingressar na faculdade de Contabilidade e se tornou uma “guarda-livros”, como gosta de ser chamada.
Dalvinha chegou em Brasília no dia 26 de julho de 1960. Mas bem antes disto já trabalhava com o presidente da República Juscelino Kubitschek. Funcionária da contabilidade da Metalúrgica Irmãos Crosara, gerenciada por Plínio Crosara, simpatizante do PSD- partido do presidente JK, Dalva foi organizar as contas do diretório local atendendo pedido de Antônio Thomas Rezende Filho, o Toninho, amigo de seu patrão.
Dalva trabalhou tanto e tão bem que recebeu os cumprimentos do próprio JK que a convidou para mudar para Brasília. Ela resistiu. Mas, em 1960, Toninho se tornara um grande empresário na nova capital e enviou uma carta pedindo a ajuda da contadora de confiança. Dalva veio, depois trouxe a irmã Filhinha e a filha adotiva Nazira. A carta de duas laudas, com 50 anos e amarelada pelo tempo, está guardada até hoje.
A contadora morou em quarto alugado, depois mudou para um apartamento e mais tarde comprou uma casa no Guará 1, onde vive até hoje com Filhinha, 93 anos, a filha, o neto Rafael e a cachorrinha Sissy. Apesar de ter sofrido um AVS em 2009, não perdeu o dinamismo e com o auxílio de uma bengala percorre as ruas do Guará, onde conhece todo mundo e ouve cumprimentos carinhosos por onde passa. A comunista continua guerreira, conseguiu enganar até o AVS.
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