sábado, 20 de fevereiro de 2010

A história da correspondência

Cartas de Brasília conta hoje um pouco da história da correspondência. A origem da carta está relacionada à necessidade do homem em se comunicar. As tabuinhas de argila tiveram um papel importantíssimo no início da história. Foram encontrados em Tell Brank, na Mesopotâmia, tábuas de argila contendo material escrito, datadas em 3.200 a.C, conforme cálculo dos arqueólogos. Provavelmente são essas as inscrições mais antigas.

Ao redor do ano 2.800 a.C, as inscrições haviam sido reduzidas a símbolos convencionais feitos em tábuas de argila em forma de cunha (daí o nome cuneiforme). Logo esta escrita começou a ser usada Egito. Os textos cuneiformes da antiga Babilônia e os textos escritos em estátuas de pedra do império de Mari são indícios do grande interesse na troca de escritas.

Carta no Carnaval

No Carnaval de 2004, no Rio de Janeiro, a escola Porto da Pedra contou a história da correspondência na Sapucaí. A escola de samba Unidos do Porto da Pedra entrou na avenida trazendo em seu enredo a história da correspondência contada no samba "Sou Tigre, sou Porto, da Pedra à Internet Mensageiro na História da Vida do Leva-e-Traz".

O tema, criado por Jorge Remédio, Paulinho Freitas e Luiz Pessanha e interpretado por Preto Jóia, abordou a importância da correspondência para a sociedade. Dos meios primitivos até a internet, a escola mostrou que a correspondência ajudou a perpetuar a história da humanidade.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

A caravana pioneira

Fevereiro é um mês importante para história de Brasília. Há 50 anos, no dia dois, quando faltavam cerca de 90 dias para a inauguração da nova capital do Brasil, brasileiros dos quatro cantos do País saíram em direção a Brasília, formando a Caravana da Integração Nacional. A intenção era mostrar a interligação do País por rodovias e a convergência para o Planalto Central desde o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste.

Os empresários do setor automobilístico juntaram colunas com cerca de 50 veículos cada — Romisetas, Rural Willys, DKW, jipes, caminhonetes, caminhões e ônibus. A primeira coluna partiu do Sul em 22 de janeiro. Saiu de Porto Alegre e percorreu 2,3 mil quilômetros, dos quais 1,4 mil asfaltados.

No dia seguinte, movimentou-se a coluna Norte, para percorrer 2,2 quilômetros de chão bruto, de Belém a Brasília, passando por Guamá, Açailândia, Estreito, Gurupi, Porangatu, Ceres e Anápolis. Neste trecho apenas os percursos de Belém a Guamá e de Anápolis a Brasília estavam asfaltados. O carro líder, uma Rural Willys, comandava o comboio de jipes que levava 35 jornalistas.

A coluna Oeste iniciou a jornada em 25 de janeiro, partindo de Cuiabá e passando por Rondonópolis, Alto Araguaia, Mineiros, Jataí, Rio Verde, Goiânia e Anápolis. Foram 1,3 mil quilômetros até a nova capital. Em 28 do mesmo mês seguiu a coluna Leste, saindo do Rio de Janeiro e viajando por Juiz de Fora, Belo Horizonte, Três Marias e Cristalina.

Da sacada do Palácio do Catete, na Guanabara, então sede do governo federal, o presidente Juscelino Kubitschek classificou a movimentação como as “novas bandeiras para a conquista e posse do território nacional, esperadas há 150 anos”. Ressaltou que a “bandeira saía do Rio de Janeiro em automóveis brasileiros, com pneumáticos brasileiros, petróleo brasileiro para trafegar por estradas asfaltadas com asfalto brasileiro”.

Conforme programado, juntaram-se no dia 1° de fevereiro em Goiânia e, no dia seguinte, rumaram até a Praça dos Três Poderes, onde a carreata se transformou na Caravana de Integração Nacional. A chuva de papel picado lançada pelos aviões da FAB em vôos rasantes coroou a iniciativa e marcou a consolidação da nova capital do Brasil.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Tudo escrito na Carta Meteorológica

Meteorologia mostra a aldeia global em que vivemos


O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) começou a monitorar os indicadores de clima de Brasília em 1962. Portanto, temos 48 anos de registros sobre chuvas, temperaturas máximas e mínimas, pontos mais quentes e outras informações importantes para a sociedade e o governo. Está tudo nas cartas meteorológicas dos satélites e nos gráficos e séries históricas do INMET.

Luiz Cavalcanti, chefe da previsão de tempo do Instituto, explica que da fundação de Brasília aos dias de hoje houve uma variação muito pequena de temperatura. Tão pequena que não é significativa. “É impossível apontar uma tendência de aumento de temperatura ou de queda. Para isto precisaríamos ter um acompanhamento de, no mínimo, 300 anos”, diz.

Mas Cavalcanti alerta para o fato dos desmatamentos alterarem o microclima em pontos isolados, como o Sudoeste, o Noroeste e, futuramente, em uma área próxima ao Gama. “A soma dessas alterações, que geram pontos de calor e ficam no entorno de Brasília, poderá contribuir para um aumento de temperatura na cidade”, estima o técnico. Ou seja: tudo se relaciona.

Algumas curiosidades: a temperatura máxima em Brasília foi registrada em outubro de 2008, 35,8 graus C. Antes disto, a mais alta havia ocorrido em 1963, 34,5 graus C. A mais baixa ocorreu em julho de 1975, 1,6 graus C.

Biometeorologia ou meteorologia caipira

Até há pouco tempo era chamado de “meteorologista caipira” a pessoa capaz de prever o tempo observando apenas a natureza a sua volta, como o movimento das formigas e o vôo dos morcegos. A classificação jocosa mudou. Agora, quem usa o conhecimento popular adquirido pela observação do mundo é chamado de “biometeorologista”. E é assim que prefere o chefe da previsão de tempo do INMT, em Brasília, Luiz Cavalcanti.

Alguns exemplos da biometeorologia: quando as formigas começam a se movimentar freneticamente, durante um período de estiagem, é porque vai chover; pescador não lança o barco ao mar quando há certa variação no formato das nuvens; morcegos voando baixo é sinal de chuva; bichos que vivem em tocas, como cobras e tatus, quando saem do esconderijo ao mesmo tempo e rapidamente é porque vai ocorrer algum evento adverso; elefantes afastam-se da costa quando pressentem a formação de tsunamis...e por aí vai.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Homenagem a Ernesto Silva

Depois de longo período de hospitalização, faleceu na tarde de hoje, aos 95 anos, o médico obstetra Ernesto Silva.

No aniversário de 50 anos de Brasília não estará presente às comemorações um dos mais importantes atores da história da Capital da República.

Homem da total confiança do presidente Juscelino Kubistchek, Ernesto Silva foi mais do que um pioneiro. Ele ficou conhecido como “o pioneiro do antes”, por ter chegado no Planalto Central em 1955 para inspecionar o local onde seria erguido o sonho de Dom Bosco.

O coronel Affonso Heliodoro Silva, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Brasília (IHGB), outra importante figura da história da capital, foi quem lhe deu o apelido que o marcaria para sempre.

Brasília perde um homem honrado, um excelente médico e um construtor de vidas.