Quando JK foi para o exílio em Paris, em 1964, o coronel permaneceu no Rio de Janeiro, ia visitá-lo eventualmente. Mas quando dona Sarah voltou para o Brasil para ficar ao lado da filha, Márcia, que estava doente, o coronel ficou dois meses com JK para não deixá-lo sozinho.
“Sinto muitas saudades daquele tempo, era uma época, mais romântica, mais saudável”, revela o coronel, que hoje preside o Instituto Histórico e Geográfico de Brasília.
Ele está casado há 53 anos com Conceição, a quem chama de Sãozita, tem três filhos, 11 netos e seis bisnetos. Completou com 94 anos em abril, cumpre expediente diário no Instituto e tem uma agenda cheia de compromissos. Esperamos uma semana para entrevistá-lo.
Cercado por livros, fotos, cartas e documentos sobre Brasília, o coronel Affonso recorda que a avenida W3 não era para ser assim, como a conhecemos. “A frente deveria ser na W2, o comércio deveria estar voltado para lá. A W3 seria os fundos, por onde circulariam os carros. Mas o Israel Pinheiro abriu um escritório lá, o acesso pela W2 ainda não estava pronto, ele abriu uma porta para a W3 e a partir daí o projeto foi alterado”, revela a testemunha da história de Brasília. Isto foi na altura da quadra 508 Sul.
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