Instalaram-se na Terceira Avenida do Núcleo Bandeirante com os filhos Humberto, com pouco mais de dois anos, e Glicínia, com um aninho. A casa era de madeira pintada de verde e com as janelas brancas. Depois nasceram Heverton- sócio do restaurante em Pirenópolis, Gláucia, Gilka, Holney e Gislene.
A enfermeira Cacilda Rosa Bertoni, também metodista, ficou alguns meses na casa de Celita até construir a sua, na Segunda Avenida, 1.105, também no Núcleo. Foi ela quem socorreu Humberto quando ele caiu em um poço e levou mais de 20 pontos na cabeça. O menino foi atendido no Hospital de Base de Brasília, que ainda não havia sido inaugurado.
Celita lembra dos primeiros dias no Núcleo: “ não tinha água encanada nem luz elétrica. Buscávamos a água em latas, num córrego”. Logo o marido mandaria furar um poço. A água veio em abundância e pode abastecer, além da casa da família, a dos vizinhos.
“Ele deu sete passos e disse: pude furar aqui. E a água jorrou”. Recorda Celita e explica que o número sete é bíblico, por isto os sete passos do pastor. E acrescenta: “Eu acompanhava o meu esposo para onde ele fosse, foi assim que aprendi a gostar de futebol”.
Viúva e vítima de um AVC, hoje Celita mora com a filha Glicínia, maestrina, em uma casa à beira do Lago Paranoá. E é ela quem lembra: “o Natal de 2001 eu e meu esposo viemos de Goiânia para passar com a Glicínia, e ele disse- ‘meu bem, o dia em que eu faltar, quero que você more com a Glicínia”. Logo depois o pastor faleceu e Celita cumpriu com a sua vontade.
Grata, pelo depoimento de quem viveu e vive sempre com gratidão.
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