quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Soni: a atriz vira médica cardiologista

Aversoni Gonçalves Homar, a Soni, e João Alcides Homar haviam encerrado os estudos em Goiânia sem concluir o Segundo Grau. Entusiasmados com as novas possibilidades oferecidas na capital, os dois foram estudar no Elefante Branco e logo fizeram vestibular. Soni para Medicina e João para Arquitetura, na UnB, inaugurada no dia 21 de abril de 1962.

Ela tinha experiência como atriz nos palcos de Goiânia e também nos microfones do rádio-teatro da Rádio Clube. Ele era desenhista. Ambos militavam na Ala Moça do PSD.

Nessa época Soni trabalhava como escriturária do Hospital de Base de Brasília. E foi nessa condição que concluiu Medicina e teve mais dois filhos durante a faculdade. “Eu ia cedo para o hospital, de lá pegava um ônibus para a faculdade e, mais tarde, voltava ao hospital”, recorda a médica. Nesse tempo, Soni foi colega da enfermeira Cacilda Rosa Bertoni.

No época de estudante, o casal morava na W3 Sul, quadra 713, onde ficou até 1978, quando mudou para uma ampla casa na Vila Planalto. O primeiro telefone que tiveram era número 234, via telefonista.

Ney Matogrosso e o falso médico

Dos tempos do hospital, Soni lembra muito bem de Ney Matogrosso, que no final dos anos 60 era escriturário como ela. Na sala de sua casa há um desenho azul feito pelo cantor. Recorda também de um dos clínicos do hospital, Alfredo Ribeiro. Muitos anos depois, se descobriu que ele não era médico, era representante de laboratório farmacêutico. “Fazia diagnósticos ótimos”, lembra Soni, “ficamos surpresos com a revelação” e acrescenta: “com ele aprendi a dar o dinheiro da passagem de ônibus para o paciente retornar ao consultório”.

Da época do rádio-teatro em Goiânia, guarda a cartinha enviada pela emissora:

A direção artística da Rádio Clube de Goiânia vem convidar a V. S. a comparecer aos stúdios da referida Emissora, dia 04-09-1952, afim de submeter-se a um test para teatro.

De escriturária, Soni passou a Diretora Técnica do Hospital de Base, chefe de Medicina Interna, chefe do Ambulatório e chefe da Cardiologia. Trabalhou 37 anos no hospital, onde se aposentou. Hoje é uma das sócias do Instituto de Doenças Cardiovasculares, na Asa Sul, onde atende todos os dias.

Um comentário:

  1. Minha Vó é a pessoa mais incrivél do mundo!!! Ela é maravilhosa!! Um exemplo de vida pra todo mundo! Amo demais!

    ResponderExcluir