Em 30 de agosto de 2010 o Colégio Dom Bosco fará 50 anos. A mesma idade de Brasília. Dom Bosco foi a primeira escola particular a vir para a nova capital.
Foi antes da inauguração, em 1958. A escola ficava na Candangolândia. Na inauguração, foi oficialmente transferida para o endereço onde está até hoje, na avenida W3 Sul.
O colégio faz parte do imaginário de Brasília, afinal foi Dom Bosco quem sonhou na noite de 30 de agosto de 1883, logo após a chegada dos Salesianos em Niterói (RJ), que o Brasil teria grandes riquezas ocultas e um desenvolvimento futuro na região do Planalto Central. O sonho de Dom Bosco seria concretizado pelas mãos de Juscelino Kubitschek. Dom Bosco faleceu em 1888, com 72 anos, e foi declarado santo na Páscoa de 1934.
A visita
Hoje cedo fomos recebidas na escola pelo secretário Normando, que logo reuniu um grupo entusiasmado por recuperar as cartas enviadas e recebidas na escola. Os padres Schiavo e Jacy, a pedagoga Dircinha e o assistente Rafael auxiliaram no que puderem. Agora sabemos que quase toda a documentação do colégio está em Barbacena (MG), no Centro Salesiano, onde Érica promete localizar material de interesse do blog. O Centro tem como diretor o padre Alfredo de Melo. Alguma coisa, no entanto, ainda está guardada na residência dos padres, em Brasília.
O primeiro “caderno de crônicas”, de 1961, com o registro das visitas feitas pelos inspetores está lá. Tivemos acesso. A primeira crônica, cuja publicação foi autorizada pelo padre Jacy, será postada no blog em breve. Aguardem.
No final de semana, resultado do esforço de Dircinha, vamos conversar com dona Maura, pioneira, que é a memória dos Saleasianos na paróquia do Núcleo Bandeirante.
Inauguração
A inauguração do colégio contou com a presença do presidente JK, do prefeito de Brasília, Israel Pinheiro, do arcebispo Dom José Newton e do quinto sucessor de Dom Bosco, padre Renato Ziggiotti. Ao encerrar a cerimônia, o presidente Juscelino disse:
“Eu quero saudar, nos Salesianos que vêm conosco colaborar nesta hora, os homens que vão compor a moldura do quadro de Brasília, dando-lhe a beleza, a graça e o encanto das cidades que não ficaram apenas nas suas criações materiais, mas que, pela força do espírito, também se impuseram à admiração e ao apreço das gerações. Nós estamos aqui assistindo a uma solenidade tão singela: é o nascimento de algo novo, de uma nova era para o Brasil, é a mocidade de Brasília reunida pelas mãos dos Salesianos para começar esta marcha nova que amanhã vai mostrar ao Brasil quanta coisa se tinha ainda a realizar e fazer neste país”.
Eu vivi essa história... filha de nordestino, fui com minha família para Brasília, quando tudo era um grande canteiro de obras. E fui estudar no colégio D. Bosco que funcionava num trecho localizado um pouco antes do Núcleo Bandeirante. O seu post me remeteu a um período de doces lembranças. Amizades que nasceram ali e se perderam no tempo. Cheguei a estudar no prédio novo, já na w3 ou w4, não lembro. Saí de Brasília um pouco antes de março de 64 e voltei ao RN, onde continuei a estudar com religiosos. Com graduação em Ciencias Sociais e Direito, ingressei no Ministério Público do RN onde me aposentei. E com certeza, muitos dos meus valores e a minha vocação para a defesa da sociedade nasceram nas salas de aula do D. Bosco. Palmas para os salesianos que me ensinaram muito.
ResponderExcluirConceição Medeiros
Natal/RN
Brasília não tem NADA a ver com "os sonhos missionários D. Bosco".
ResponderExcluirO título desta página é, pois, descabido ou melhor: desonesto. O Santo não compactuaria com essa mistificação grosseira.
Roberto Antonio Barbosa
r.antonio.barbosa@uol.com.br