domingo, 20 de setembro de 2009

A grande família Silva

Dona Doca, a matriarca, ensina generosidade

Dona Doca e seu marido Ernesto são exemplos de generosidade. Souberam retribuir com acolhimento toda a felicidade que conquistaram com a mudança para Brasília em 1960. Doze filhos, sendo oito biológicos e quatro adotados, Doca, que foi batizada Neli de Castro, casou com Ernesto Silva no Rio de Janeiro e levou no enxoval o menino Pelezinho. A mãe morrera e o pai estava doente. A família de Doca resolveu acolher o menino e a noiva levou o garoto para criar como filho. Assim fizeram com mais três crianças, criadas junto com os oito nascidos durante o feliz casamento do casal que é exemplo de solidariedade e companheirismo.

Por intermédio do senador Leopoldo Tavares da Cunha Melo, natural de Cabo (PE), e eleito pelo estado do Amazonas, a família migrou para a nova capital. Ernesto foi trabalhar na Segurança do Senado, Doca ficou com a missão de educar as crianças. Chegou com oito, logo seriam 12 e houve uma época que havia 19 pessoas para comer e dormir no apartamento da SQS 409.

Pelezinho, o primogênito, mostrava vontade para o trabalho e vocação para o samba. Assim que ganhou tamanho, foi trabalhar como engraxate no Senado, tempos depois seria motorista e hoje é funcionário público aposentado. Bem antes, alegrou o Carnaval de Brasília. No final da década de 60 trouxe para a cidade músicos famosos e as mulatas do Sargenteli. Uma delas, Marli, acabou morando também com a família Silva por quatro meses e de lá só saiu para casar. Hoje vive em Vitória.

Netos são mais de 50, bisnetos oito e a família não pára de crescer. No aniversário de 80 anos de dona Doca, há três anos, só de parentes diretos eram mais de 130 pessoas no salão de festas do Clube da Câmara dos Deputados.

Uma vida longa e feliz que cabe numa lata de biscoito Aymoré. Vânia, a primeira filha a nascer em Brasília, em 1960, abre a lata de lembranças preciosas e vai mostrando cartinhas, cartões postais, muitas fotos, bilhetes, lembranças que estão bem presentes na memória de dona Doca, que nem precisa vasculhar a lata para falar sobre uma vida inteira de generosidade e declarar: “Sou uma mulher feliz!”

Um comentário:

  1. No se como explicar esta emocion que siento por dentro de mi corazon al ver este relato sobre unas de las personas mas maravillosas que al igual que mi madre dios me puso en mi camino. Tuve la majestuosa oportunidad de entrar en ese circulo familiar en 1998 cuando llegue a Brasilia a trabajar como asistente en la embajada de la Republica Bolivariana de Venezuela en Brasilia, alli comenzo una larga y fructifera amistad que hasta hoy a pesar de la lejania todavia se mantiene.A Dona Doca mi madre em Brasilia, que puedo decir de ella,no tengo palabras para describir su amor y generosidad; al igual que Don Ernesto y todos sus hijos, en especial Valerio, Vania, Vera TaTa y todos los cuales los llevo en mi pensamiento y corazon. Desde Caracas Republica Bolivariana de Venezuela les mando mis saludos.... su hermano que siempre les quiere Luis Fernando Marquez Cañizalez
    ( FERNANDO)

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